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Jogador Nº 1, de Ernest Cline

Written By Unknown on segunda-feira, 14 de julho de 2014 | 7/14/2014


Cinco estranhos e uma coisa em comum: a caça ao tesouro. Achar as pistas nesta guerra definirá o destino da humanidade. Em um futuro não muito distante, as pessoas abriram mão da vida real para viver em uma plataforma chamada Oasis. Neste mundo distópico, pistas são deixadas pelo criador do programa e quem achá-las herdará toda a sua fortuna. Como a maior parte da humanidade, o jovem Wade Watts escapa de sua miséria em Oasis. Mas ter achado a primeira pista para o tesouro deixou sua vida bastante complicada. De repente, parece que o mundo inteiro acompanha seus passos, e outros competidores se juntam à caçada. Só ele sabe onde encontrar as outras pistas: filmes, séries e músicas de uma época que o mundo era um bom lugar para viver. Para Wade, o que resta é vencer – pois esta é a única chance de sobrevivência.


Nº de Páginas : 288
Editora: LeYa
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ANTES DE MAIS NADA, EU GOSTARIA DE AVISAR QUE É POSSÍVEL TER SPOILER NESSE POST .

2044, o mundo está destruído, o clima está louco - podendo mudar de 40º à -2º em questão de segundos -, a população está cada vez mais pobre, e os recursos naturais estão acabando. A população desiste da vida real e resolve viver em um videogame utópico chamado Oasis. Antes do criador do jogo morrer, ele deixou um testamento dizendo que quem encontrar primeiro as três chaves, herdará toda a fortuna dele. Essa é premissa de "Jogador Nº 1".

Eu fiquei um pouco com receio desse livro. Eu tinha ele em mãos desde janeiro e fiquei adiando e adiando a leitura por simplesmente achar que eu não iria conseguir ler tudo pelo livro ser um pouco grosso. Eu me arrependi completamente, onde a leitura fluiu super rápida e em menos de 3 dias eu já tinha terminado.

Se hoje eu não estou dormindo à noite(Sim, eu estou dormindo agora lá pelas 6, 7 horas da manhã. Mas isso não vem ao caso), eu tenho que agradecer a ele. A narrativa simples e a estória sobre uma corrida contra o tempo faz você ler umas 200 páginas em menos de duas horas.

Teve um momento muito engraçado na minha leitura que em plenas três horas da manhã eu gritei : "VAI PARZIVAAAAAL!"; e acabei acordando a minha mãe. Eu realmente tinha perdido a noção do tempo lendo o livro.

Mas como tudo tem defeito, um dos mais gritantes que eu vi foi a revisão que deixou a desejar, onde eu li umas 5 vezes "Tumba dod Horrores"; e um pequeno erro calculo sobre a idade do Parzival(a.k.a. Wade), onde no ínicio do livro ele diz que tem 18 anos e em uma certa conversa, um certo personagem diz que ele nasceu em 2024. Mas nada do que uma nova revisão corrija isso.

Outro problema gritante foi a previsibilidade dos acontecimentos, onde eu senti que essa estória foi filtrada de muitas outras, com o seguinte progresso: menino consegue o que quer, amigo do menino fica na frente, menino ultrapassa amigo, o mal ataca e fica na frente de todos.

Mais um problema que eu encontrei nesse livro foi que no meio da estória, o Parzival deixa de ir atrás da caçada para ter um romance, e o personagem fica burro nesse meio tempo, mas eu agradeci que o romance ficou de plano de fundo e as coisas voltaram a fluir.

Parzival diz, em uma certa parte do livro que o James Halliday - criador do videogame Oasis -  era fissurado nos anos 80, e a caçada toda é em torno dessa época e umas duas ou três vezes, quando ele descobre uma pista, ele não diz claramente como ele conseguiu desvendar, apenas as coisas são feitas e deixadas de lado as explicações, o que me incomodou um pouco, porque eu não iria parar a minha leitura para assistir um filme ou ver uma temporada toda do seriado que o Parzival mencionara. Isso atrapalha um pouco a leitura e o desenvolvimento da caçada.

Uma ultima coisa que eu simplesmente que foi um dos erros mais trágicos do livro, ou de qualquer distopia futurística é a falta de referências mais atuais na época que a estória está se desenvolvendo. Porque simplesmente o Parzival usa o Google e o Wikipedia em certos momentos do livro. Cara, estamos falando de 2044, por que não criar um novo meio de pesquisa universal? O livro fala de desenvolvimento e quando se fala de referências ele tem um retrocesso assim como a natureza do mundo.

Recapitulando tudo o que foi dito em apenas um parágrafo, podemos dizer que: A leitura é boa, a estória é fluida, a criação dos personagens foi bem desenvolvida, mas como até a flor mais bela tem seus espinhos, o livro peca. Mas se você não se importa muito com o que foi dito, você vai se divertir muito, assim como eu me diverti.

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